Aos Alunos

Caros Colegas,


À parte de qualquer Associação, decidi criar este blog para que todos se possam continuar a expressar até e depois da AGEDUM Extraordinária convocada para dia 11 de Julho, às 15h, no anfiteatro B1 CP2.

Não pretendo assumir nenhum movimento de luta, mas apenas ajudar a disponibilizar um local onde todos possam expressar preocupações, medos, testemunhos, opiniões.

Parece-me lógico que, tendo-o feito, não tenha qualquer intenção de silenciar quem quer que seja, contudo apelo à boa educação e peço, encarecidamente aos alunos que tentem ser objectivos e civilizados na sua forma de expressão.
Por uma questão de não descredibilizar o curso sinto-me na obrigação de eliminar comentários que excedam o limite do razoável, mas, em prol da transparência e para que não surjam dúvidas, tentarei colocar todos esses comentários num local à parte, para consulta.

Por mais que sintam que alguns docentes não merecem, peço-vos também que os tratem pelo seu nome com educação. Já que nos queixamos de falta de respeito, vamos mostrar que somos melhores e que, mesmo com imensas razões para o não fazer, conseguimos e sabemos criticar sem faltar ao respeito de ninguém.

Se alguém tiver algum texto, mais do que um comentário, pode envia-lo para o email do blog (criando um email anónimo, se quiser: www.safe-mail.net) e eu publico-o em forma de post, desde que cumpra os "requisitos mínimos de educação".

Força Direito!

Como dizia um certo apresentador de um programa:

"A nós, ninguém nos cala!"

JusticaParaDireito

sábado, 14 de julho de 2007

in "Diário do Minho"



1ª Página


Alunos de Direito da UM contestam elevadas taxas de reprovação

As elevadas taxas de reprovação, a tardia disponibilização dos sumários e programas das disciplinas e o incumprimento dos prazos para a afixação das notas por parte de alguns professores são os principais motivos de uma onda de descontentamento que se gerou entre os alunos do curso de Direito da Universidade do Minho


Página 5


Alunos de Direito da UM revoltados com elevadas taxas de reprovação


As elevadas taxas de reprovação, a tardia disponibilização dos sumários e programas das disciplinas e o incumprimento dos prazos para a afixação das notas por parte de alguns professores são os principais motivos de uma onda de descontentamento que se gerou entre os alunos do curso de Direito da Universidade do Minho.

A insatisfação extravasou os "corredores" da academia através da blogosfera, onde, nos últimos tempos, se têm avolumado os mais variados comentários. Com a chegada da época de exames, precedida por um acto de agressão física por parte de um aluno ao presidente da Escola de Direito, adensaram-se as preocupações, pelo que a Associação de Estudantes de Direito da Universidade (AEDUM) decidiu convocar, esta semana, uma assembleia geral extraordinária para discutir os problemas e tentar encontrar soluções.

"A reunião não foi para criticar a Escola de Direito, mas para analisar a situação interna e perceber os motivos deste descontentamento", salvaguarda a presidente da AEDUM, Cláudia Castro, confirmando que "há, de facto, pessoas que se sentes prejudicadas por um ou outro regime".

A dirigente associativa diz que a reunião decorreu de forma "muito pacífica e ordeira" e foi muito profícua, na medida em que foram apresentadas propostas concretas para tentar resolver algumas questões.

Cláudia Castro realça que os estudantes têm o direito à indignação e a manifestarem-se contra medidas ou procedimentos que eventualmente os prejudique, mas devem faze-lo em sede própria, com os meios adequados e não através de blogs anónimos, com "carácter destrutivo e ofensivo".

Da assembleia geral - em que participaram delegados de turma de todos os anos, elementos da AEDUM, da ELSA - Uminho e outros estudantes de Direito - saiu um documento com várias reivindicações que vai ser discutido e negociado com a Escola de Direito.
Cláudia Castro adianta que as propostas passam pela disponibilização atempada dos sumários e programas das diferentes cadeiras, para que os alunos, sobretudo os trabalhadores-estudantes, possam estar a par das matérias previstas para os exames e preparar-se com tempo para as provas.

Quanto às taxas de reprovação, a dirigente associativa reconhece que há algumas disciplinas - mesmo excluíndo os ditos "cadeirões" - em que só dez a quinze por cento dos alunos conseguem passar.

Além disso, refere, muitas vezes, as notas só são lançadas com 24 horas de antecedência antes da realização das provas orais, deixando os alunos sem tempo para estudar e sem a possibilidade de saberem em que é que erraram.
Por isso, a AEDUM propõe que haja fixação de critérios de correcção de exames; realização de orais públicas; criação de uma norma interna que fixe um prazo para o professor lançar as notas; disponibilização de uma fotocópia da prova corrigida, nem que seja necessário pagar; e a criação de uma base informática onde as classificações sejam colocadas logo após terem sido lançadas na secretaria, porque há alunos que não têm facilidade de se deslocar diariamente à universidade.
Cláudia Castro considera a Escola de Direito da UM "uma escola exigente" e compreende que, num quadro de competição com outras Faculdades de Direito, "queira sempre mais e melhor".
Apesar de concordar que existem fragilidades, a presidente da AEDUM acentua ainda que os alunos de Direito da UM "são dos melhores no acesso à Ordem dos Advogados e estão classificados em primeiro lugar no Centro de Estudos Judiciários".

Não é fácil conciliar exigência e sucesso escolar
diz presidente da Escola de Direito, Luís Gonçalves

O presidente da Escola de Direito da Universidade do Minho reconhece que têm havido algumas dificuldades em conciliar "qualidade, exigência e sucesso escolar". Instado pelo "Diário do Minho" a pronunciar-se sobre as reivindicações dos estudantes, Luís Gonçalves fala de alguma "carga dramática" nesta época de exames e salienta que as decisões não se podem tomar com base em emoções.

"A Escola e a Universidade regem-se por normas que têm de ser cumpridas", diz o catedrático, acrescentando que sempre valorizou o "diálogo construtivo, leal, aberto e sem perder de vista os critérios de rigor e qualidade".

Luís Gonçalves refuta alguns argumentos invocados pelos estudantes, nomeadamente no que diz respeito à disponibilização dos programas, que se encontram na secretaria logo nos primeiros quinze dias após o início das aulas.
O professor universitário lembra que há um calendário escolar que os professores têm de respeitar, embora admita que haja "casos pontuais" em que, "por razões alheias à vontade do docente", não se verifique o estrito cumprimento das datas.

De qualquer forma, sublinha, uma grande parte das propostas dos alunos vai ser satisfeita, já a partir do próximo ano, com a criação de uma plataforma de e-learning, que vai permitir um conhecimento mais interactivo, não só dos programas, como também das classificações nos exames.

Quanto à cedência de uma fotocópia da prova corrigida, o responsável pela Escola de Direito diz que o procedimento está previsto no novo Regulamento sobre Inscrições, Avaliação e Passagem de Ano, aprovado no dia 4 de Julho, em situações de recurso da classificação.

No que toca ao insucesso escolar, o catedrático nota que, regra geral, os alunos mais assíduos são os que conseguem melhores resultados e que o curso tem um elevado número de alunos que não pode frequentar as aulas. E é neste aspecto que a prevista plataforma de e-learning poderá ajudar bastante.

Luís Gonçalves sustenta ainda que tem havido a preocupação de introduzir métodos de avaliação inovadores, que requerem um papel mais activo não só por parte do professor, como também do aluno. Além disso, a Escola tem tomado algumas medidas para melhorar o desempenho/avaliação em algumas unidades curriculares.

A credibilidade do curso é uma prioridade para o presidente da Escola de Direito, que se congratula com o facto de já haver "dez gerações de licenciados com prestações muito apreciadas" no mercado de trabalho, e, por isso, está disposto a analisar quaisquer propostas que representem um aperfeiçoamento dos métodos de aquisição de competências, desde que estas não descurem o rigor seguido até agora.

Deixo aberta à discussão a notícia divulgada hoje, dia 14 de Julho de 2007, pelo jornal Diário do Minho.
Ao mesmo tempo, aproveito para salientar que deve ter havido um engano da parte do jornalista que entrevistou Cláudia Castro, pois o único blog anónimo de que tenho conhecimento é este e, parece-me particularmente claro que o seu conteúdo não é "destrutivo", muito menos "ofensivo". Parece-me que deve ter havido um engano e o jornalista confundiu-se com alguns comments colocados no blog "Casino da Elsa".

Desde o momento em que tomei a iniciativa de criar o blog, deixei bem claro que o seu objectivo era proporcionar um espaço de discussão sem censuras, onde os interessados podem expor as suas opiniões de forma civilizada e educada, facto que penso que tem sido respeitado pelos comentadores deste blog.

Talvez um dia, este blog deixe de ser anónimo. :)

Análise pedagógico-estrutural do funcionamento da Escola de Direito sob o prisma dos discentes




No passado dia onze de Julho de 2007 realizou-se uma Assembleia Geral dos Estudantes de Direito da Universidade do Minho, onde de uma forma responsável e ordeira, os alunos discutiram os problemas da Escola de Direito da Universidade do Minho e propuseram soluções para que esses mesmos problemas terminassem.


Nesta Assembleia Geral foi elaborado um documento que identifica os principais problemas da Escola de Direito da Universidade do Minho e, acima de tudo, indica as propostas dos alunos para a resolução dos mesmos.

Ficou ainda determinado que iria ser requerido, por parte da Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho, uma reunião com a Presidência da Escola de Direito, onde este documento seria apresentado e debatido.

Principais problemas e tentativas de resolução:

Ponto nº1: Taxas de reprovação


Taxas de reprovação extremamente altas a algumas cadeira


Propostas:


Criação de uma espécie de matriz ou prova modelo a cada cadeira que seria disponibilizado aos alunos atempadamente.

Disponibilização de uma grelha de correcção a todas as cadeiras após a conclusão de cada exame.

Disponibilização dos programas e dos sumários de todas as cadeiras a todos os alunos atempadamente.


Ponto nº2: Capacidade Pedagógica dos docentes


Falta de capacidade pedagógica de alguns docentes


Propostas:


Publicação das avaliações dos docentes


Utilização de meios informáticos por todos os docentes, à semelhança do que já é feito por alguns


Crescente número de publicações por parte dos docentes da Escola de Direito de forma a estes servirem de manuais aos alunos


Ponto nº3: Semestralização das cadeiras exigida por Bolonha


Razão de todas as outras faculdades de Direito do país terem transformado todas as suas cadeiras em semestrais e nós não


Ponto nº4: Exames escritos


Consecutivamente tem havido uma redução do tempo para realização dos exames nos últimos anos e esta redução não tem sido acompanhada de redução do número de perguntas


Propostas:


Sensibilização dos docentes para que ou a duração dos exames tenha que ser aumentada ou o número de questões reduzida


Possibilidade de adopção do método utilizado no secundário, onde o docente demora três vezes menos tempo do que o aluno a resolver um exame.


Pontualidade dos docentes nos exames


Propostas:


Os docentes que vão facultar o exame devem comparecer no local marcado à hora estabelecida e com o material necessário para se poder dar início ao exame.


Ponto nº5: Consulta dos Exames
Prazos para consulta dos exames

Propostas:


Prazo estipulado para a consulta dos exames, nunca no dia da afixação das notas e nunca em pleno dia das provas orais Esta consulta dos exames tem que ser obrigatória a todas as cadeiras

Data oficial de afixação de notas é a data e hora que dá entrada na secretaria e não a data e hora que é afixada no placard de curso

Possibilidade de ser concedido aos alunos, mediante pagamento, uma cópia do seu exame


Publicação das notas na Internet (criação de uma base de dados para os alunos de Direito onde as notas são colocadas no imediato momento em que surgem nos placares) justifica-se esta medida devido ao escasso tempo que existe entre a colocação da nota e as orais.


Ponto nº6: Provas Orais


Irregularidades na realização das provas orais (art. 10º nº4 RIAPA)


Propostas:

Orais têm que ser obrigatoriamente públicas


Orais têm obrigatoriamente de ter dois docentes presentes


A presença do regente da cadeira é obrigatória


Ponto nº7: Dois métodos de avaliação distintos


Bolonha exige um número mínimo de dois métodos distintos de avaliação, o que não se verifica em todas as cadeiras (art. 6º nº3 RIAPA)


Propostas:


Mais métodos de avaliação para além do exame final
Possibilidade de distinção da avaliação em teórica e prática

Possibilidade de um dos métodos de avaliação ser uma prova oral


Ponto nº8: Época de recurso


Incumprimento do prazo que medeia entre o final da época normal e o início da época de recurso


Propostas:


Fim da violação sucessiva dos cinco dias úteis que devem mediar entre o fim da época normal (provas orais incluídas) e o início da época de recurso. (nº8 do Regulamento para Avaliação das Disciplinas Jurídicas do curso de Direito)


Presidente da Mesa da AGEDUM, Presidente da Direcção da AEDUM ,

Miguel Rodrigues Cláudia Castro



Este documento pode ser acedido através do site oficial da AEDUM. A colocação on-line, aqui, do documento tem como objectivo facilitar a discussão dos diversos pontos entre os alunos do curso.

Resultado da AGEDUM de 11 de Julho

O mais tardar na 2ª de manhã, mas espero que ainda antes, estarão disponíveis no site da AEDUM as conclusões retiradas da última AGEDUM, assim como o documento elaborado.

Miguel Rodrigues

Segundo este comment colocado pelo Presidente da Mesa da Assembleia da AEDUM, brevemente será divulgado o que foi discutido na AGEDUM, as conclusões retiradas e um documento elaborado em conjunto por todos os presentes, entre os quais se contam a Direcção da AEDUM bem como da ELSA Braga.

Mal esteja disponível, reproduziremos também aqui tais conteúdos,. Assim, enquanto a AEDUM não disponibiliza um blog para discussão do assunto e, o mesmo assunto, se mostra desajustado dos objectivos do blog da ELSA, a discussão pode prosseguir.

domingo, 8 de julho de 2007

Reposição da Verdade: "Ranking" Nacional

Fiquei admirada há uns dias atrás quando li o comentário de alguém a dizer que o curso de Direito da UM estaria num dos lugares cimeiros da Avaliação Externa às Universidades Portuguesas .

Porém, após uma breve pesquisa, qual não foi o meu espanto, quando constatei que o curso além de apenas estar em 8.º lugar, está abaixo da Universidade Católica (Porto e Lisboa) e também da Universidade Lusíada (Porto e Lisboa).

Fiquei estupefacta com o facto da Uminho ter menos 22 pontos do que a Universidade de Coimbra. Em boa verdade, é importante referir que esta avaliação foi realizada no ano lectivo de 2002/2003, mas, na minha opinião, não me parece que o curso tenha melhorado desde então, parece-me mais que ele terá piorado e, para isso basta ver a situação em que estamos agora. Penso também que será de salientar os parâmetros em que obteve piores classificações : “Processo Pedagógico” e “Instalações e Equipamento”; parece-me que são, de facto, dois parâmetros importantes na definição de uma escola.

Quem quiser comprovar o que disse, basta consultar o documento original em:

http://www.fup.pt/admin/fup/docs/ca/rsg1_c2a4_dir.pdf

A verdade deve ser sempre conhecida, ainda que não agrade.

Não por é por repetir uma mentira muitas vezes que ela passa a ser verdade.



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Resumo do “Ranking”

1º Universidade de Coimbra – 64 pontos;
2º Universidade de Lisboa – 63 pontos;
3º Universidade Católica de Lisboa – 60 pontos;

4º Universidade Nova de Lisboa e Universidade Católica do Porto – 59 pontos;

Universidade Lusíada do Lisboa – 44 pontos;

Universidade Lusiada do Porto – 43 pontos;

Universidade do Minho e Universidade do Porto – 42 pontos;

10º Universidade Portucalense – 39 pontos;


Nota: As classificações atribuídas no Relatório são qualitativas, expressas em letras de A (Excelente) a E (Insuficiente), pelo que para construir o “ranking”, fez-se corresponder as letras a uma escala numérica de 1 a 5 e somou-se as notas dos 14 itens considerados para chegar a uma classificação final entre 14 (mínima) e 70 (máxima).

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Contribuição da Prof. Dra. Cristina Bittecourt Martins de Almeida

Achei por bem, converter em post a oração escrita pela Prof. Dra. Cristina Bittencourt Martins de Almeida, visitante do nosso blog e do PortugalClub, pessoa extremamente tocada pela Nossa Causa, apesar de não ter directamente nenhuma relação com o Curso.

Naturalmente, trata-se de uma oração católica, mas penso que nós, alunos de Direito da Universidade do Minho, sabemos acolher palavras de pessoas sensatas, sejamos católicos ou não.

ORAÇÃO DE FÉ PARA OS ALUNOS DE DIREITO DA UMINHO

SENHOR, concede-nos uma fé que em tudo te vê. Clareia os olhos de nossa existência dando-nos uma fé sempre maior, para que não nos deixe abalar pelas disparidades que acontecem nesta UNIVERSIDADE DO MINHO no curso de DIREITO. Fé que seja expressão de confiança diante das sofridas decepções, perseguições e discriminações permanentes aos estudantes de Direito deste recinto, e fé como resposta de nossa forma de amar e vontade de crescer juntos nesta UNIVERSIDADE que consideramos a continuação de nossos lares.

SENHOR, faz-nos perceber a alegria de que é na relação contigo que encontramos o conforto para nossas tensões vivenciadas diariamente, num tormento de dor e agonia, quando o que queremos é apenas "SER"(Um Jurista inquestionável).

SENHOR, dai-nos mais sabedoria para que possamos discernir o certo do errado e trilharmos o caminho da Bem-Aventurança em meio à tantas dificuldades colocadas em nossos caminhos por pessoas que não enxergam as mudanças ocasionadas no mundo e na própria UMINHO.

SENHOR, nós Universitários de Direito não podemos impedir que ocorram os embates, mas podemos frear nossos medos e impedir que nos percamos nele.

SENHOR, concede-nos força pois, se em algum momento fraquejarmos diante de situações inusitadas, saibamos resolver com dignidade e paz interior e assim alcançar-mos nosso objetivo maior:"A UNIÃO E AMIZADE DE TODOS DOCENTES E ALUNOS DESTA UMINHO DO CURSO DE DIREITO, AMÉN"

sábado, 30 de junho de 2007

AGEDUM




Caros Colegas,
A maior parte dos alunos já está a par da AGEDUM Extraordinária convocada para dia 11 de Julho, pelas 15h, no anfiteatro B1 do Complexo Pedagógico 2. Contudo, nunca é de mais reiterar a importância de tal reunião. Nem todos os alunos têm conhecimento deste Blog, nem do Casino da Elsa, nem mesmo do site da AEDUM, pelo que é de extrema importância fazer passar a informação o mais possível. A AGEDUM é o local indicado para, civilizada e razoavelmente, expormos os nossos pontos de vista e tentarmos encontrar possíveis caminhos a seguir. Até lá, podemos tentar discutir entre nós, para ser mais fácil a condução da reunião. Fica aqui o convite!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Jornal interessado no caso!



Para além do PortugalClub que, depois de solicitado, se mostrou disponível para divulgar a nossa causa, o Jornal "
The Portugal News", depois de contactado,
também se mostrou totalmente disponível para receber, através do formulário de contacto do site, todos os relatos e testemunhos que entenderem importantes para fundamentar a investigação jornalística que iniciaram sobre o assunto.

É MUITO IMPORTANTE que o MAIOR NÚMERO de alunos dê o seu contributo sério e verdadeiro (sob anonimato - criem emails anónimos, se ainda não o fizeram, caso desejem) para que a investigação possa prosseguir, para que haja:

Justiça, Igualdade e Liberdade no Curso de Direito da Universidade do Minho!

Alguns comentários extraídos do Casino da ELSA

«Como é possível aos alunos terem insucesso escolar na Universidade do Minho quando em todo o percurso de 12 anos escolares têm tido boas notas?

Porque é que há perseguição aos alunos em vez de haver compreensão?

Porque é que os professores não se importam com os alunos?

Porque é que os alunos sempre que se dirigem a um professor têm de começar a frase por: "Desculpe lá estar a incomodar, mas..."?

Esta Universidade não ajuda os alunos e por isso porque é que os alunos devem ajudar a Universidade?»

«Eu também já fui vítima de injustiças gritantes durante o curso e com alguns professores. Não estamos aqui a falar de pequenos desentendimentos com alguns docentes, falamos sim de verdadeiras faltas de respeito pelos alunos, de insultos baratos, de reprovações infundadas, uma pouca vergonha!!! Não, não tenho qualquer orgulho em andar no curso de direito da universidade do Minho. Podíamos ser grandes, talvez os melhores! Mas só "quem cá mora sabe o que vai cá dentro!!!". É pena não podermos gritar aquilo que se sussurra nos corredores... vai se sussurrando não vá alguém ouvir e aí estamos tramados e podemos bem dizer adeus ao nosso cursinho! Faço um apelo aos meus colegas...vamos dar a volta a isto mostrar a nossa indignação! Merecemos mais e melhor!!! Chega de insultos, humilhações... »

«Toda a gente conhece e sentiu já a arrogância de alguns professores desta casa (que alguns, em nada merecem o estatuto de divindade que reclamam - dão erros ortográficos como toda a gente; não sabem dar uma aula em condições sem dizer baboseiras, proferir auto-bajulações, atender o telemóvel não se esquecendo de sua graça proferir o nome da pessoa com quem falam - claro sempre o Sr. Ministro..., ou O Sr. Procurador da República -; não produzem doutrina e têm verdadeiros "tachos" para poderem sobreviver pois de outra forma bem que andavam pelas ruas da amargura...). E que não fujam os bajuladores e graxistas pois esses são os primeiros a dar facadas nas costas sempre que Sua Excelência, O Professor, lhes não agrada no feitio. Toda a gente conhece o clima que se vive aqui - e para exemplo, e penso que já mais de metade da escola deve saber... ainda ontem o Exmo. Senhor Professor Doutor e "mais num sei o quê" Hörster, depois de autorizado o uso de máquinas de calcular no exame de família, impediu o uso das mesmas quando todos os alunos estavam já em pleno exame. Que raio de amnésia terá perpassado o cérebro do professor que ainda por cima se arroga o direito de projectar a máquina de um colega nosso que também fazia exame, à velocidade da luz, contra o chão como se com aquele gesto tentasse recompor alguma coisa na sua vida... É muito estranho que assim pareça? É muito estranho que a máquina seja propriedade de um colega de APENAS cor diferente? Mas foi verdade e muita gente viu... Vá passear o respectivo professor mais a falta de educação com que foi criado... Assim também eu ponho a minha de parte... Ainda por cima e como se já não bastasse, vai sua excelência depois para as aulas proferir altos discursos morais sobre a família... Nem posso acreditar! »

«Expliquem que não entendi. O professor que se diz agrediu um aluno é o mesmo que agora dizem atirou a máquina de calcular do aluno ao chão? E há alunos que o defendem? Esquisito. Onde estão os restantes responsáveis da Escola de Direito e o próprio Reitor perante tal desfaçatez? Sr. Ministro, veja o que se passa em Braga, por favor faça algo, ou mande simplesmente gente de Lisboa investigar. É assunto que merece ser notícia em Bruxelas. Então em Portugal e no ensino superior isto é assim...Que ricos mestres temos a dar aulas no Estado…»

«Da minha parte aqui fica um exemplo:

Ainda há dias ouvi um professor em plena sala de aula dizer qualquer coisa deste género: um advogado tem de saber mas também tem de ter charme e perfil - vejam lá que um amigo meu, advogado, recebeu há dias uma cliente no escritório dele e com todo o charme que tinha, foi pimba logo ali! Esta é uma história contada por um senhor professor da UM, mais ou menos com aquelas palavras, em plena sala de aula; um senhor que também atende o telemóvel e passa mais metade de uma aula de aparelho no ouvido enquanto seus alunos aguardam no interior da sala à espera que Sua Excelência venha dar a aula necessária, onde irão ser explicados conteúdos que serão objecto de avaliação nos exames... Vejam ainda que este senhor professor, diz que um homem tem de pensar com a cabeça de cima, mas por vezes a cabeça de baixo é mais forte... Um auditório inteiro ouviu estas afirmações! Também não é nada de novo... Se não conheces investiga! Estou certo que também tu conheces muitas histórias para contar! Eu já contei muitas das que já assisti, venham outros...

Os professores têm de se dar ao respeito e saber respeitar se querem da parte dos alunos a mesma atitude. Trata-se de uma relação recíproca e não unilateral!»

«E para que vejam a que ponto se chega.....nós já fizemos um abaixo-assinado contra o Prof. Nuno Oliveira... muita gente assinou!!! Resultado? Até hoje nada!!!!!! Eu lembro me de estar numa das suas aulas e ouvir o seguinte comentário do Prof. "eu vi cada assinatura, depois não se queixem das notas!". Até hoje estou para saber o que foi feito do abaixo assinado!!!! Estou farta disto. Seguindo o conselho do colega aqui deixo um exemplo que aconteceu comigo...em plena oral a professora vira se para mim e diz "não vou com a tua cara não sei porque mas não vou e por isso não perco sequer 2 minutos contigo, estas reprovada sai!" Sem eu ter respondido a alguma questão! Testemunhas? Porta fechada o que por lei é proibido! Como diria o outro : e esta hein???»

«Fica também evidente pelo anonimato das opiniões que apesar de vivermos num república onde a liberdade de expressão é um corolário e um motivo de orgulho essa liberdade é ainda limitada no campus de Gualtar onde o livre exercício da livre opinião se torna um alvo fácil perante o autoritarismo dos professores fazendo assim imperar um silêncio de paz podre e um descontentamento manifestado em surdina! Para ilustrar esta situação podemos recorrer a uma panóplia de exemplos de injustiças por parte dos docentes silenciados pelo medo e pelo sentimento de impotência dos estudantes fruto da falta de instrumentos de defesa dos seus direitos. Todos nós presenciamos já episódios de injustiça e má educação chocantes de Dr. Hörster e do Dr. Nuno Oliveira e manifestações de incompetência reiterada de outros.»

«O maior erro que cometi na vida foi ter pensado que o curso de Direito na UM seria algo de muito bom! Passei por outra Universidade, mas o sonho sempre foi entrar na UM (sei lá porquê!), mas foi o pior que podia ter feito! Frequentei o curso de Direito noutra Universidade e por isso posso fazer comparações! Tinha bons professores, exigentes mas bons! Sim porque não é a exigência que faz de um professor um "mau professor"! E tenho pena não ter aí permanecido. O sonho tornou-se num pesadelo quando percebi que as coisas não funcionavam como eu imaginava!

A nível de professores estamos muito aquém do que seria esperado numa Universidade conceituada como a UM (salvo raras excepções!).

Há um prazer constante de reprovar alunos! É inacreditável!»

«Se pensarmos bem, quantas vezes somos humilhados, gozados, tratados com desrespeito e arrogância, como se fossemos burros analfabetos, desprovidos de capacidade intelectual, por seres que se acham divindades intocáveis, os mais inteligentes e que se arrogam no estatuto de doutores?!

Se realmente a escola de direito estivesse bem, nenhum de nós estaria aqui a manifestar o que pensa.

Fala-se da professora Júlia e contrariamente aos que correm em sua defesa devo corroborar o que foi dito e é do conhecimento geral: a Júlia não deu aulas na Universidade do Minho por mérito próprio. Como é possível colocarem uma recém-licenciada a dar cadeiras como teoria Geral do Direito Civil, direito das Obrigações e Direito da família, quando esta nunca demonstrou conhecimentos suficientes para leccionar cadeiras de tamanha envergadura?! Quando alguém suscitava uma dúvida, é célebre a sua frase: «não sei bem, tenho de perguntar ao Dr. Hörster». Quem é que não sabe que, ainda andava a Júlia no 3º ano do curso, já ela sabia que ia ficar a dar aulas. Bom é que os jantares com o Nuno de Oliveira e o tratamento por «tu» dão sempre resultado!

Reafirmo a necessidade de divulgar o que se passa nesta escola, a quem de direito para intervirem com máxima urgência, porque a tendência é para piorar. Apoio em absoluto a dissolução da escola de direito e uma intervenção urgente do reitor da Universidade do Minho, visto ele ter perfeito conhecimento do que se passa neste curso, há muito tempo!»

«Mediante a gravidade de todas estas situações, e visto que estamos numa Época de exames, resta-me acrescentar mais uma (que ocorreu numa época de exames), oriunda do «respeitável» director da escola de direito - o cidadão alemão mais implacável de todos os tempos - para outro professor e passo a citar: "não pode andar a afixar as notas às prestações, se não tem tempo para corrigir as provas, faça como eu, chumbe-os!"

Nada de surpreendente, vindo de quem vem... aliás as pautas são bastante reveladoras destas palavras!! »

«É inadmissível tudo o que se passa na escola de Direito! Inadmissível! Não há respeito pelos alunos!

Há casos de alunos que andam anos no curso de Direito e acabam por desistir porque as injustiças são tantas que das 2 uma, ou perdem a cabeça como aconteceu com o Sérgio num acto de desespero total, ou mudam de curso, de Universidade! »

«Em 1º lugar não devemos fazer disto uma palhaçada, um rapaz, jovem, colega, amigo é capaz de ter destruído a vida dele porque não fomos incapazes de nos juntar e de gritar bem alto o nosso descontentamento. Em 2º lugar compreendo que tenhamos que nos esforçar para fazer as cadeiras, mas quantas vezes não estudamos, estudamos, estudamos e as notas são uma miséria?! Quantas vezes nos dá impressão que os "professores" dão as notas sem sequer olharem para o que escrevemos na folha de teste?!

Eles são seres humanos (citando Solmar), pois são, mas nós também somos e merecemos respeito, algo que eles se esquecem de retribuir.

Quem é que não sabe daquela colega que foi falar com o "Prof." NUNO OLIVEIRA com a certidão de óbito do pai a pedir para fazer exame noutra altura e ele recusou?! Quando a Dra. ANABELA chamou aos alunos, numa aula de dúvidas, e passo a citar, de "gentinha"... Que "seres humanos" são estes??? »

«O problema é que não se trata apenas de desavenças e querelas pessoais! É muito mais do que isso!

Para que tenhamos orgulho na nossa Escola temos de ter condições para tal!

Vamos orgulhar-nos de quê? De ser humilhados? Das nossas pautas?

Não me refiro a casos pontuais, mas sim de muitos casos! Consultem as nossas pautas e digam se isso acontece em mais algum lado!

Queremos ter orgulho na nossa Escola mas para isso precisamos de condições! Essas condições não existem!! »

«Para quem interesse saber:

As notas de filosofia do direito (cadeira do 5 ano) têm que sair até esta sexta feira, visto que, as orais são no dia 3 de Julho.

Todavia a docente desta cadeira (Dra. Clara Calheiros) disse que ainda não pegou nos exames...finalistas e alunos de Direito, se esta "docente" faz como o "admirável" Prof. Hörster, qdo não tem tempo para corrigir, reprova…»

«Pergunto:

- Quantas vezes em direito das obrigações tentamos tirar uma dúvida e o professor explicou exactamente da mesma forma e ficamos a entender o mesmo?

- Quantas vezes no fim da aula no tradicional "alguém tem dúvidas?", ninguém diz nada porque se há coisa que quase ninguém tem é uma vaga ideia do que o homem esteve para ali a debitar a 1000 à hora...

Como se isso não bastasse, este ano a assistente do Sr., passou o ano a meter os pés pelas mãos e a dizer asneiras nas aulas TP, verdade ou mentira?»

«O problema crucial é que a exigência na correcção, por vezes, não corresponde à forma como as aulas são dadas. Dão mal as aulas (família, por exemplo, as práticas foram uma desgraça, pelo que ouvi dizer) e depois colocam nos exames casos práticos complicados e que nunca foram tratados devidamente nas aulas.

Se estivéssemos bem preparados e as aulas fossem dadas de uma forma adequada nós poderíamos ir muito melhor preparados para as provas. »

«Agora, quando estamos a falar do curso de Direito, e quando o próprio Director de Curso, Prof.Doutor Heinrich Horster avisa os alunos dizendo "Quem pensar em pedir revisão da nota, através do recurso, pense duas vezes, porque o mais provável é descer de 7 para 4 ou menos..."
Ora, tendo em conta este último facto e o importante facto de que os exames não são anónimos, dá para compreender que, quando dentro da Escola as coisas estão tão mal, não há nada, absolutamente nada que possamos fazer, sem estarmos sujeitos à absoluta arbitrariedade dos docentes.


Em suma, não existe nenhum meio de recurso especial, nos casos em que o problema não se limita a um ou outro professor, mas a vários, incluindo a própria direcção do curso.


Ou seja, a razão do nosso medo é simples: o sistema permite um total e incontrolável abuso de poder.»

«Se quiseres que te conte historias de pelo menos 2 colegas que para mim estão acima de qualquer suspeita..., historias do tipo "Ah, pode haver um erro mas eu depois ligo-lhe..) (até hoje), ou "Até pode ter razão, mas não vou agora corrigir de novo o seu exame...".»

«Também já vivi algumas situações injustas com alguns daqueles que se fazem chamar "doutores", como ir ver exames ao gabinete do professor e deparar-se com o seguinte comentário: o seu exame está muito bom e positivo, até a podia passar... »

«Começamos pelas aulas do professor alemão (penso que seja teoria): ele é bom professor para tirar apontamentos pois fala muito devagar, devido a ser alemão, mas o que ele falava ninguém nunca percebia. Via a minha namorada e colegas a questionarem-se umas as outras "o que é que ele disse?" e "percebeste alguma coisa?". Depois passamos para a Marilyn Monroe (famosa Dra. Júlia): ela de professora não tem nada. Eu assisti também a algumas aulas e sinceramente aquilo que ela dizia e fazia eu também o fazia, e eu que sou de Ciências! Ela simplesmente decorava e despejava tudo e se alguém lhe fizesse uma pergunta que por acaso já tinha respondido mas foi interpolada de outra maneira, ela simplesmente corava e dizia " não lhe posso responder a isso, talvez na próxima aula". Achei-a muito nova para dar aulas e às vezes a minha namorada dizia coisas que desconfiava que agora se confirmam. Cheguei acompanhar a minha namorada nas orais e realmente o ambiente que se sentia antes das orais era demais. Parecia que estavam todos a prepararem-se para o purgatório e quando saiam delas era uma coisa só mesmo vista! Vi muita gente a chorar e a sofrer e a desistir do curso por causa desse tal professor alemão. Muita gente a odiá-lo pois ele simplesmente as humilhava nas orais, principalmente as pessoas que estiveram no estrangeiro e de outras raças! Mas pensado bem, ele também não tem dificuldades em falar português? Não pertence a outra raça? (ariana) Porquê é que vocês não gozam com ele também»


(NOTA: Os comentários estão ipsis verbis os originais, salvo a substituição de uma ou outra palavra que poderá ser considerada como linguagem menos própria , e a substituição de "o alemão" por "o professor alemão", :) mas julgo que a essência não ser perdeu)

Email enviado ao PortugalClub.org




Venho dar-lhe a conhecer, a si e aos visitantes do PortugalClub, uma situação que ocorre no Curso de Direito da Universidade do Minho e que, recentemente, foi finalmente notícia, pelas piores razões: um aluno esfaqueou o Presidente da Escola.

Qualquer pessoa que tomasse contacto com a notícia, apenas com a notícia, veria nascer em si um sentimento de revolta pelo estado da sociedade. Segundo a comunicação social, um aluno do 4º ano do Curso de Direito da Universidade do Minho, em Braga, entrou no gabinete do Presidente da Escola e, tirando uma faca de cozinha que trazia na pasta, feriu o docente no rosto, num braço e nas costas. Felizmente, da agressão resultaram apenas ferimentos superficiais, não tendo sido atingido nenhum músculo ou órgão, apenas pele. Segundo fontes da Escola, o aluno era gago e reivindicava um estatuto especial de portador de deficiência, para o colocar em igualdade no caso das provas orais (muito frequentes em direito). Simultaneamente, manifestava-se contra o tão falado plano de Bolonha, que o impedia de ser finalista este ano, ou seja, impedia-o de estar matriculado no 5º ano. O aluno foi separado do docente por funcionários da Escola, detido e, depois de presente ao juiz, saiu em liberdade no dia seguinte, ficando sujeito a apresentações regulares na esquadra da sua cidade (Barcelos) e proibido de entrar em Braga, ou aproximar-se de funcionários e docentes da Universidade.

Face a tais factos (e contra factos não há argumentos), a sociedade portuguesa colocou-se imediatamente do lado do docente, atribuindo ao aluno adjectivos como "marginal", "doente", "assassino", "louco" e "violento".

Esta foi a história contada pela Comunicação Social e corroborada pela Direcção da Escola e, de certo modo, pela Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho (AEDUM). Sem dúvida, os factos descritos são verdadeiros e deles decorre um crime: agressão física.

Contudo, a Comunicação Social mostrou aos portugueses, apenas a ponta do icebergue. Ou seja, por pressão directa ou não da Escola e dos juristas que nela leccionam, a Comunicação Social, ficou-se por aqui, quando há muito mais para contar.

É impossível contar aqui tudo, pelo que vou incluir um link para que possam tirar as vossas próprias conclusões. Contudo, parece-me necessário fazer um breve resumo, para que se consigam orientar no link que incluo.

Há uns anos atrás, sensivelmente 7 anos, julgo eu, a Presidência da Escola e a Direcção de Curso mudou. O digníssimo Professor Doutor Cândido de Oliveira abandonou o cargo, tão bem desempenhado, e regressou ao seu trabalho de docente. Nessa mesma altura, "tomam conta" da Escola o par Prof. Doutor Luís Gonçalves e o Prof. Doutor Heinrich Horster. E foi aí que tudo começou. Um curso exigente, com bom nome na praça pública, e com entradas de 100% de sucesso na Ordem dos Advogados (o que queria dizer que a preparação era mais do que boa), transforma-se num autêntico pesadelo para a maioria dos alunos que o frequentam. Desde professores que conseguem o magnífico feito de ter 300 alunos a frequentar disciplinas (por ano entram cerca de 100 alunos), reprovando com total arbitrariedade; aulas dadas por alunos que nem terminaram o curso, inclusive a disciplina que estão a dar; concursos públicos para o lugar de docente cancelados por uns meses, porque havia um candidato com melhor média, e toca a subir a média ao "candidato da Escola"; ausência total de critérios de correcção a inúmeras disciplinas, com docentes a dizer: "reprovei-o porque a resposta está bem mas não tem musicalidade"; docentes que, tentando evitar o trabalho de dar orais (são obrigatórias para notas de 8 e 9 - numa escala de 0 a 20), simplesmente descem todos os 8 e 9 para 7, reprovando assim o aluno; boicote constante à equivalência de cadeiras feitas ao abrigo do programa Erasmus, tentando constantemente ludibriar a lei; constantes humilhações dos alunos, quer em aulas, quer em orais, quer nos próprios gabinetes dos docentes, em que estes insultam, literalmente, a inteligência dos alunos; política do medo completamente enraizada - quem quer pedir revisão de prova, fica avisado que vai baixar para 2 ou 3 valores; alunos que são reprovados com 7 (nota mínima para oral é 8) durante 4, 5, 6, 7 exames seguidos; o Director do Curso deu-se ao luxo de, no ano passado, ignorar um pedido do Reitor, de abertura de uma época especial, tendo os alunos de Direito sido os únicos a não usufruir dessa época, em toda a universidade.

Ninguém pode dizer nada, ninguém pode questionar, ninguém pode pedir ajuda. Até porque os docentes desta escola, enquanto juristas, estão extremamente bem relacionados, e as represálias, dentro e fora da universidade, não ser fariam esperar.

Há inúmeros alunos há bem mais do que 5 anos na Escola, alguns a tentar há anos, fazer apenas 1 dessas malditas cadeiras com 300 inscritos.

Não conseguimos fazer nada porque toda a gente tem medo. Os alunos e até mesmo alguns docentes que, embora lá leccionem, são contra o regime.

O Sérgio, foi, como todos nós, psicologicamente agredido nos últimos 4 anos. Muitos de nós entramos em depressões constantes, desistimos do curso, mudamos de universidade, desistimos de estudar. O Sérgio foi mais longe: cometeu uma loucura, um crime, num momento de desespero. De acrescentar, que tem em tribunal um processo-crime por agressão contra o Prof. Doutor Horster, que foi arquivado por falta de provas, mas aquando dos últimos eventos, foi pedida a reabertura da instrução.

Claro que, inevitavelmente, o Sérgio, vai ser julgado pelo crime que cometeu, e cabe aos tribunais, na posse de todos os elementos, julga-lo. Contudo, não podemos deixar que esta atitude violenta e impensada, que sem dúvida a vida do Sérgio, tenha sido em vão.

É nossa obrigação, enquanto alunos e colegas, fazer chegar à comunicação social e ao público em geral tudo quanto se passa na Escola de Direito, para que tal situação não se volte a repetir, e para que a Justiça possa reinar, finalmente, dentro da Escola.

O link que incluo é direccionado ao blog da ELSA (European Law Students Association) de Braga que, a propósito do assunto, foi bombardeado com comentários e testemunhos de estudantes de direito, que neste momento excedem os 150. São testemunhos na primeira pessoa de tudo o que se passa dentro da Escola, e que pela primeira vez se está a tentar tornar público.

A leitura é longa, mas penso que é necessária para bem compreender tudo o que eu tentei explicar. Podem inclusive ler os outros posts mais recentes, embora o link que incluo se refira ao mais comentado.
A todos os que passam pelo PortugalClub peço ajuda, em nome de todos os colegas, para tentar passar esta mensagem, de modo a que a Comunicação Social se veja obrigada a noticiar "a outra metade da história". Talvez assim, consigamos fazer o nosso "25 de Abri"!

http://casinodaelsa.blogspot.com/2007/06/como-foi-possvel.html

Peço desculpa por não assinar com o meu nome, mas espero que, do que expliquei, compreendam as minhas razões.

Este foi o mail enviado ao PortugalClub.Org, que nos apoiou na tentativa de tornar pública esta situação, através do seu Presidente Casimiro Rodrigues. Foram enviados emails para a lista de membros espalhados pelo mundo e diversos membros comentaram o assunto, quer no Blog do Casino da ELSA, quer no próprio PortugalClub.Org.

Foi a única situação que tenho conhecimento, de algum site que, depois de contactado, tivesse dado alguma relevância ao assunto.

Sintam-se à vontade de copiar o texto ou edita-lo e enviar para quem quiserem.